Educação financeira é para todos, inclusive os mais jovens

Falar sobre dinheiro ainda é tabu, mas ensinar educação financeira contribui para a construção de bons hábitos e de uma relação saudável com o dinheiro

March 15, 2023

, criado em

22.2.23

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio, Peic, aponta que 77,9% das famílias brasileiras declararam possuir dívidas em 2022. O número, que envolve o uso de cartão de crédito como principal fonte das dívidas, reflete a necessidade de educação financeira no Brasil.

Com o aumento do acesso à informação há, de igual maneira, maior exposição a conteúdos que tratam sobre finanças. No entanto, a alfabetização financeira é um processo gradual, com impactos positivos no desenvolvimento de hábitos saudáveis com relação ao dinheiro, em especial na vida adulta.

O tema, cercado de tabus, é tratado de maneira séria pelo Ministério da Educação que, em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criou um programa para incentivar o ensino de educação financeira para educadores da rede pública do país.

Pensando nisso, nós do Apprenda Edu, elaboramos este artigo para falar sobre a importância da educação financeira e como o aprendizado pode ser acessível a todos. Continue a leitura!

O que é educação financeira?

Antes de abordarmos o porquê é fundamental tratar da alfabetização financeira como ferramenta de emancipação e meio para o desenvolvimento econômico, vamos conceituar a educação financeira, para estabelecer as bases do que deve ser tratado acerca do tema.

A educação financeira é o processo por meio do qual as pessoas aprendem a administrar o próprio dinheiro através de conhecimentos sobre qual é a maneira mais inteligente de investir os próprios recursos, a fim de promover a prosperidade e o uso consciente e sustentável do dinheiro.

Quando se fala em educação financeira, temas como taxas de juros, finanças pessoais, poupança, metas e sonhos devem ser abordados. Isso porque, o dinheiro é o que possibilita uma vida mais abundante e repleta de experiências.

Por que falar sobre dinheiro?

Pesquisa recente do Instituto Mindminers e Banco BV aponta que 61% dos brasileiros relacionam o assunto dinheiro a emoções negativas, enquanto 54% consideram o tema um verdadeiro tabu. Insegurança, insatisfação e preocupação foram alguns dos sentimentos relatados pelos entrevistados.

Na vida adulta, a preocupação excessiva com o dinheiro pode acarretar o surgimento de problemas mentais, como ansiedade, estresse, insônia e, em alguns casos, depressão, segundo o instituto britânico Money and Mental Health.

Nesse sentido, falar sobre dinheiro é também colocar em perspectiva a saúde mental das pessoas, especialmente da população brasileira, diante do cenário de alta dos preços, inflação e aumento do custo de vida.

Embora o tema seja delicado, com o poder de despertar emoções negativas, é fundamental entender que o dinheiro faz parte da vida cotidiana e somente por meio da boa relação com as finanças que a realização de sonhos se torna possível, como viagens para o exterior, compra de carro ou aposentadoria.

Qual a importância de conversar sobre educação financeira nas escolas?

Por se tratar de um tema delicado, é natural que as conversas sobre dinheiro aconteçam em espaços seguros, com amigos e familiares. Contudo, expandir a compreensão do tema para o espaço público, como escolas, pode transformar o futuro de diferentes crianças e adolescentes no país.

Na Finlândia, a educação financeira é considerada prioridade na educação infantil, assim como Dinamarca, Noruega, Canadá e Suécia, vistos pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) como um dos países com maior índice de competência financeira nas escolas. Não por acaso, são países conhecidos pela excelência educacional e com baixos índices de desigualdade.

Nesse contexto, promover a alfabetização financeira nas escolas, possui caráter de construção de uma sociedade igualitária, justa e ensina às crianças e adolescentes como elaborar as felicidades e frustrações oriundas da relação com o dinheiro.

Do mesmo modo, incentivar o ensino de finanças nas escolas contribui para modelar o comportamento de crianças e adolescentes para uma melhor tomada de decisão, com impacto futuro sobre a vida desses indivíduos. Afinal, ter conhecimento significa construir uma condição socioeconômica mais inclusiva e favorável.

Considerando o papel fundamental do professor no ensino e educação, utilizar recursos lúdicos para ensinar aos jovens como poupar, planejar e administrar o dinheiro, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, contribui para formar cidadãos fortes, com maior poder decisório e autoestima.

Dicas para ensinar educação financeira para crianças e adolescentes

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os jovens adultos apresentam um dos níveis mais baixos quando se refere à alfabetização financeira, assim como sofrem quando pais pouco preparados financeiramente os orientam, o que resulta em baixos níveis de educação financeira ao redor do mundo.

Contudo, em virtude da expansão do tema, e da relação de interdependência entre o aprendizado fora de casa e no ambiente escolar, quando jovens aprendem educação financeira nas escolas é possível efetuar mudanças de comportamento no ambiente doméstico para interromper o ciclo negativo associado ao aspecto financeiro.

Assim, seja para pais e responsáveis ou para os professores, a promoção da alfabetização financeira dos jovens pode acontecer desde cedo. A seguir, confira algumas dicas de como ensinar educação financeira para os jovens:

A importância de poupar e a função do dinheiro para realizar sonhos

Explicar o significado e a importância de poupar contribui para o entendimento acerca da função do dinheiro como mecanismo de realização de sonhos. 

Da mesma forma, ensinar às crianças e adolescentes sobre a estipulação de metas, planejamento e administração, funciona como uma ferramenta emancipatória para criar adultos responsáveis, com boa saúde financeira e capaz de sacrificar vontades passageiras em nome de um sonho maior.

Explicações sobre consumo compulsivo e consciente

Consumo compulsivo consiste na prática de adquirir bens a todo momento, mesmo quando não há condições para isso, com impactos psicológicos na saúde do comprador.

Assim, é importante abordar sobre o consumo consciente e as repercussões sociais, econômicas e ambientais de adquirir bens. Do mesmo modo, estimular o consumo positivo, que possa contribuir para o crescimento futuro também é uma prática de consumo consciente.

Ensinar sobre taxa de juros

Relacionado ao ensino de matemática financeira, o assunto da taxa de juros pode ser ensinado a crianças e adolescentes de maneira lúdica. Do mesmo modo, explicar como os juros aumentam à medida que o dinheiro é maior, e que essa dinâmica funciona tanto para o lado positivo quanto o negativo.

Adicione tecnologia ao ensino

A evolução tecnológica contribui para a relação entre ensino e aprendizado. Assim, aplicativos, vídeos e todo conteúdo com base na tecnologia podem auxiliar e acelerar a alfabetização financeira a partir de mecanismos lúdicos.

Aprender a gerenciar gastos, jogos para aprender a poupar, aplicativos que explicam sobre a taxa de juros e como elas funcionam ao longo do tempo: a tecnologia pode ser usada a seu favor na hora de ensinar educação financeira.

Apprenda Edu e a educação financeira

Para gestores de escolas e professores do ensino médio, falar sobre educação financeira em sala de aula se tornou um diferencial competitivo entre as escolas privadas do Brasil.

Contudo, adicionar tecnologia e desenvolver plataformas de ensino acessíveis, especialmente pensadas para a linguagem dos jovens, ainda é um desafio presente no país, mesmo diante da demanda por educação financeira.

Com o propósito de tornar as escolas protagonistas no assunto, contribuindo para a emancipação de crianças e adolescentes, com impacto no desenvolvimento econômico do país, foi criada a plataforma Apprenda Edu.

A partir da adoção de conteúdos exclusivos, a plataforma conversa com o jovem através do método da gamificação, com missões, desafios e recompensas, tudo isso pensado para tornar o estudante o protagonista de sua vida financeira.

Com técnicas inovadoras de nanolearning, adaptive learning e social learning, os estudantes possuem acesso a um conteúdo personalizado e idealizado de acordo com suas próprias potencialidades, com pequenas doses de conhecimento compartilhadas com a rede de contatos.

Para saber como funciona e se tornar uma escola parceira, acesse o site Apprenda Edu e conheça os cursos. 

Para continuar por dentro dos assuntos sobre educação financeira e tecnologia aplicadas ao mercado educacional, leia o nosso blog e mantenha-se atualizado!

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